Jesuseapalavra.com
" Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho."
                 Marcos 16:15
Copyright©Todos os Direitos Reservados 2007-2017 Jesuseapalavra.com
Lição da Escola Sabatina
Quem é o homem de Romanos 7?
VERSO PARA MEMORIZAR: “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7:6).

LEITURAS DA SEMANA: Rm 7

Poucos capítulos da Bíblia têm criado mais polêmica do que Romanos 7. No que diz respeito às questões envolvidas, o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo diz: “O significado [de Romanos 7:14-25] tem sido um dos problemas mais discutidos em toda a epístola. As principais questões se concentram em definir se a descrição dessa intensa luta moral seria autobiográfica e, em caso afirmativo, se a passagem se refere à experiência de Paulo antes ou depois de sua conversão. A partir do mais simples significado de suas palavras, parece evidente que Paulo fala de sua luta com o pecado (compare Rm 7:7-11; Caminho a Cristo, p. 19; Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 475). Também é verdade que ele descreve um conflito experimentado por toda pessoa que se confronta com as reivindicações espirituais da santa lei de Deus e é despertada por elas” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 608).
Os estudiosos da Bíblia diferem ao definir se Romanos 7 retrata a experiência de Paulo antes ou após sua conversão. Seja qual for a posição tomada, o importante é que a justiça de Jesus nos cobre e nela permanecemos perfeitos perante Deus, que promete nos santificar, dar-nos vitória sobre o pecado e nos moldar “à imagem de Seu Filho” (Rm 8:29). Esses são os pontos cruciais para conhecermos e vivenciarmos enquanto buscamos espalhar “o evangelho eterno” a “cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6).
Sábado à Tarde
Ano Bíblico: Rm 8–10
Ano Bíblico: Rm 11–13
Domingo
Morto para a lei

1. Leia Romanos 7:1-6. Qual ilustração Paulo usou para mostrar aos seus leitores a relação deles com a lei? O que ele defendeu com essa ilustração? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A lei conjugal. A lei moral não tem mais validade hoje.
B.( ) A lei cerimonial. Ainda estamos sujeitos à lei cerimonial.

A ilustração de Paulo em Romanos 7:1-6 é um pouco complexa, mas uma análise cuidadosa da passagem nos ajudará a seguir seu raciocínio.
No contexto geral da carta, Paulo estava tratando do sistema de culto estabelecido no Sinai; foi isso que ele quis dizer muitas vezes com a palavra lei. Os judeus tiveram dificuldade em compreender que esse sistema, dado a eles por Deus, devia terminar com a vinda do Messias. Paulo estava lidando com cristãos judeus que ainda não estavam prontos para abandonar o que tinha sido uma parte tão importante de sua vida.
Em essência, a ilustração de Paulo é a seguinte: uma mulher é casada com um homem. A lei a liga ao marido enquanto ele viver. Durante sua vida, ela não pode ter relações com outros homens. Mas quando ele morre, ela fica livre da lei que a ligou ao marido (Rm 7:3).

2. De acordo com Romanos 7:4, 5, como Paulo aplicou a ilustração da lei do casamento ao sistema do judaísmo?

Assim como a morte do marido livra a mulher da lei de seu marido, também a morte da velha vida na carne, por meio de Jesus Cristo, libertou os judeus da lei que eles deviam guardar até que o Messias cumprisse seus tipos.
Os judeus então estavam livres para “se casar novamente”. Eles foram convidados a se “casar” com o Messias ressuscitado e, assim, dar frutos para Deus. Essa ilustração foi mais um instrumento usado por Paulo para convencer os judeus de que eles agora estavam livres para abandonar o antigo sistema.
Novamente, considerando todas as outras coisas que Paulo e a Bíblia declaram sobre a obediência aos Dez Mandamentos, não faz sentido afirmar aqui que Paulo estava dizendo a esses cristãos judeus que os Dez Mandamentos não eram mais obrigatórios. Aqueles que usam esses versos para tentar defender esse argumento – de que a lei moral foi abolida – não desejam na verdade defender isso; o que eles realmente querem dizer é que só o sábado foi extinto, não o restante da lei. Interpretar que Romanos 7:4, 5 ensina que o quarto mandamento foi abolido, rejeitado ou substituído pelo domingo é dar-lhe um significado jamais concebido pelo apóstolo.
Ano Bíblico: Rm 14–16
Segunda-feira
Pecado e lei

Se Paulo estava falando sobre todo o sistema legal do Sinai, o que dizer de Romanos 7:7, no qual ele mencionou especificamente um dos Dez Mandamentos? Isso não refuta a posição tomada ontem, de que Paulo não estava falando sobre a abolição dos Dez Mandamentos?
A resposta é não. Devemos ter em mente, novamente, que a palavra lei para Paulo significava todo o sistema introduzido no Sinai, que incluía a lei moral, mas não se limitava a ela. Portanto, a fim de defender seu argumento, Paulo poderia citá-la, assim como qualquer outra seção de todo sistema judaico. No entanto, quando o sistema expirou com a morte de Cristo, isso não incluiu a lei moral, que já existia mesmo antes do Sinai e continua existindo depois do Calvário.

3. Leia Romanos 7:8-11. O que Paulo disse sobre a relação entre a lei e o pecado? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Sem lei, não há pecado, pois a lei mostra o pecado.
B.( ) O pecado e a lei não possuem nenhuma relação.

Deus Se revelou aos judeus, mostrando-lhes detalhadamente o que era certo e errado em questões morais, civis, cerimoniais e de saúde. Ele também explicou as penalidades para a violação das várias leis. A transgressão da vontade revelada de Deus é definida como pecado.
Portanto, conforme explicou Paulo, ele não saberia que cobiçar é pecado se a “lei” não o tivesse informado desse fato. O pecado é a violação da vontade revelada de Deus e quando Sua vontade é desconhecida, não há nenhuma consciência do pecado. Mas quando essa vontade revelada é anunciada a uma pessoa, ela passa a reconhecer que é pecadora e está sob condenação e morte. Nesse sentido, a pessoa morre.
Nessa linha de argumentação e ao longo dessa seção, Paulo estava tentando construir uma ponte para levar os judeus, que reverenciavam a “lei”, a ver Cristo como seu cumprimento. Ele estava mostrando que a lei era necessária, mas que sua função era limitada. O propósito da lei era revelar a necessidade de salvação; ela nunca foi planejada para ser o meio de obter essa salvação.
“O apóstolo Paulo […] apresenta uma importante verdade a respeito da obra a ser efetuada na conversão. Ele diz: ‘Outrora, sem a lei, eu vivia’ (ele não sentia nenhuma condenação); ‘mas, sobrevindo o preceito’ (quando a lei de Deus exortou a sua consciência), ‘reviveu o pecado, e eu morri’. Então ele se viu como pecador, condenado pela lei divina. Observem que foi Paulo, e não a lei, quem morreu” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1197, 1198).

Em que sentido você “morreu” perante a lei? O que Jesus fez por você, ao dar-lhe nova vida nEle?
Ano Bíblico: 1Co 1–4

Terça-feira
A lei é santa

4. Leia Romanos 7:12. Como entendemos esse verso no contexto do que Paulo estava discutindo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) A lei é santa, justa e boa, pois revela o caráter de Deus e nossa necessidade de Jesus.
B.( ) A lei é transitória. No Céu não haverá lei.

Visto que os judeus reverenciavam a lei, Paulo a exaltou de todas as maneiras possíveis. A lei é boa pelo que ela faz, mas não pode realizar aquilo que nunca foi seu propósito: salvar-nos do pecado. Para isso precisamos de Jesus, pois a lei (seja todo o sistema judaico ou a lei moral em particular) não pode trazer salvação. Somente Cristo e Sua justiça, que recebemos pela fé, podem salvar.

5. Leia Romanos 7:13. O que Paulo culpou por sua condição de “morte” e o que ele isentou? Essa distinção é importante? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A lei foi culpada e o pecado foi isento.
B.( ) O pecado foi culpado e a lei foi isenta.

Em Romanos 7:13, Paulo apresentou a “lei” no melhor sentido possível. Ele culpou o pecado, não a lei, por sua condição pecaminosa; isto é, o pecado desperta “toda sorte de concupiscência [desejo, cobiça]” (Rm 7:8). A lei é boa, pois é o padrão divino de conduta. Porém, Paulo estava condenado diante dela.

6. De acordo com Romanos 7:14, 15, por que o pecado teve tanto êxito em mostrar que Paulo era um terrível pecador?

Carnal significa “relacionado à carne”. Portanto, Paulo precisava de Jesus Cristo. Somente Ele poderia livrá-lo da condenação (Rm 8:1) e da escravidão do pecado.
Paulo se descreveu como “vendido à escravidão do pecado”. Não conseguia fazer o que gostaria de fazer.
Por meio dessa ilustração, Paulo estava tentando mostrar aos judeus a necessidade que tinham do Messias. Ele já havia indicado que a vitória só era possível debaixo da graça (Rm 6:14). Esse pensamento é ressaltado em Romanos 7. Viver sob a “lei” significa ser escravo do pecado, um mestre impiedoso.

Você já brincou com o pecado, pensando que poderia controlá-lo, mas foi escravizado por esse senhor mau? Bem-vindo à realidade! Por que você deve se entregar a Jesus e morrer para si mesmo?
Quarta-feira
Ano Bíblico: 1Co 5–7
O homem de Romanos 7

7. “Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7:16, 17). Qual luta é apresentada nesse texto?

Usando a lei como um espelho, o Espírito Santo convence a pessoa de que ela está desagradando a Deus por não cumprir os requisitos da lei. Mediante os esforços para satisfazer essas exigências, o pecador mostra que aceita o fato de que a lei é boa.

8. Quais argumentos Paulo repetiu a fim de enfatizá-los? Rm 7:18-20

Para impressionar alguém quanto à sua necessidade de Cristo, o Espírito Santo muitas vezes o conduz através de um tipo de experiência da “antiga aliança”. Ellen G. White descreveu a experiência de Israel: “O povo não compreendia a pecaminosidade de seus corações, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entraram em aliança com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça, declararam: ‘Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos’ (Êx 24:7) […]. Apenas algumas semanas se passaram antes que violassem sua aliança com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar o favor de Deus mediante uma aliança que tinham quebrado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e a necessidade de perdão, foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado na aliança abraâmica” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 371, 372).
Infelizmente, por não renovarem sua devoção a Cristo diariamente, muitos cristãos estão, de fato, servindo ao pecado, por mais que detestem admiti-lo. Eles racionalizam e argumentam que, na realidade, estão passando pela experiência normal da santificação e que simplesmente ainda têm um longo caminho a percorrer. Assim, em vez de levarem a Cristo pecados conhecidos e pedir a vitória sobre eles, essas pessoas se escondem atrás de Romanos 7, que lhes diz, pensam elas, que é impossível fazer o que é certo. Na verdade, esse capítulo revela que é impossível fazer o certo quando uma pessoa é escrava do pecado, mas a vitória é possível em Jesus Cristo.

Você tem vencido o pecado e o próprio eu, conforme a promessa de Cristo? Se não, por quê? Quais escolhas erradas você tem feito?
Ano Bíblico: 1Co 8–10
Quinta-feira
Salvo da morte

9. Leia Romanos 7:21-23. Você tem experimentado essa mesma luta em sua vida?

Nessa passagem, Paulo equiparou a lei em seus membros (seu corpo) à lei do pecado. Ele disse que serviu, “segundo a carne”, à “lei do pecado” (Rm 7:25). Porém, servir ao pecado e obedecer à sua lei significa morte (veja Rm 7:10, 11, 13). Portanto, enquanto seu corpo funcionava em obediência ao pecado, ele podia ser descrito adequadamente como “o corpo desta morte”.
A lei da mente é a lei de Deus, a revelação da Sua vontade. Sob a convicção do Espírito Santo, Paulo consentiu com essa lei. Sua mente decidiu guardá-la, mas quando ele tentou fazer isso, não conseguiu porque seu corpo desejava pecar. Quem já não sentiu essa mesma luta? Em sua mente, você sabe o que deseja fazer, mas seu corpo clama por algo diferente.

10. De acordo com Romanos 7:24, 25, como podemos ser resgatados dessa situação difícil em que nos encontramos? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Mediante nossas boas obras.
B.( ) Por meio de Jesus Cristo.

Alguns têm se perguntado por que, depois de alcançar o glorioso clímax na expressão “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, Paulo se referiu mais uma vez às lutas espirituais das quais, aparentemente, ele tinha sido libertado. Alguns entendem a expressão de ação de graças como uma exclamação entre parêntesis. Eles acreditam que essa exclamação segue naturalmente o clamor: “Quem me livrará”? Sustentam que, antes de prosseguir com uma discussão prolongada sobre a gloriosa libertação (Rm 8), Paulo resumiu o que ele havia dito nos versículos anteriores e reconheceu, mais uma vez, o conflito contra as forças do pecado.
Outros têm sugerido que, com a expressão “eu, de mim mesmo” Paulo quis dizer “entregue a mim mesmo, deixando Cristo fora da questão”. Seja qual for o entendimento de Romanos 7:24, 25, um ponto deve permanecer claro: sozinhos, sem Cristo, somos impotentes contra o pecado. Com Cristo, temos nova vida nEle, e embora o eu sempre apareça, as promessas de vitória são nossas se escolhermos reivindicá-las. Assim como ninguém pode respirar, tossir ou espirrar por você, ninguém pode escolher se render a Cristo por você. Só você pode fazer essa escolha. Não há outra maneira de obter as vitórias prometidas a nós em Jesus.
Ano Bíblico: 1Co 11–13
Sexta-feira
Estudo adicional

“Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. O homem não pode esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 213).
“Paulo desejava que seus irmãos vissem que a grande glória de um Salvador que perdoa o pecado era o que dava significado a todo o sistema judaico. Desejava que vissem também que, quando Cristo veio ao mundo e morreu como sacrifício pelo homem, o tipo encontrou o antítipo.
“Depois que Cristo morreu na cruz como oferta pelo pecado, a lei cerimonial não podia mais ter vigência. Todavia, achava-se ligada à lei moral e era gloriosa. O todo trazia o sinete da divindade, e exprimia a santidade, justiça e retidão de Deus. E se era glorioso o ministério da dispensação que devia terminar, quanto mais não deveria ser gloriosa a realidade, quando Cristo fosse revelado, concedendo a todos os que criam Seu Espírito vitalizante e santificador?” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1220).

Pergunta para discussão
1. “Romanos 7:25 […] é a passagem mais clara de todas, e dela aprendemos que um mesmo homem (crente) serve, ao mesmo tempo, à lei de Deus e à lei do pecado. Ele é, ‘ao mesmo tempo, justificado e ainda continua sendo pecador’ (em latim, simul iustus et peccat); pois não diz: ‘Minha mente é escrava da lei de Deus’; nem diz: ‘Minha carne é escrava da lei do pecado’; mas sim: “Eu, de mim mesmo’. Ou seja, o homem completo, uma única e a mesma pessoa, está nessa escravidão dupla. […] Ele agradece a Deus por ser escravo da Sua lei e pede misericórdia por servir à lei do pecado. Mas ninguém pode dizer que uma pessoa carnal (não convertida) é escrava da lei de Deus. O apóstolo quis dizer: Veja, é exatamente como eu disse antes: os santos (crentes) são, ao mesmo tempo, pecadores e justos. […]. Eles são como doentes tratados por um médico. Esperam melhorar e estão começando a se recuperar. Estão prestes a reaver a saúde. Esses pacientes sofreriam o maior prejuízo se afirmassem arrogantemente que estão bem, pois sofreriam uma recaída pior (do que sua doença inicial)” (Martinho Lutero, Commentary on Romans [Comentário Sobre Romanos], p. 114, 115). Você concorda com o que Lutero escreveu? Comente com a classe.
Marcos 16:15